quinta-feira, 24 de junho de 2021

Salários encolhem com reajustes abaixo da inflação e preços em alta

 O trabalhador está perdendo o poder de compra 


Apenas metade das negociações salariais de trabalhadores fechadas em maio conseguiu repor a inflação dos últimos 12 meses. Além de isso ter ocorrido pelo quinto mês consecutivo, ele é, tradicionalmente, o que tem maior quantidade de datas-base no ano. O reajuste que mais apareceu foi de 7%, enquanto o INPC acumulado é de 7,6%. O monitoramento mensal é feito pela Fipe no boletim Salariômetro.

O efeito final é que o trabalhador perde o poder de compra, já que seu salário encolhe ao não acompanhar o aumento nos preços. A renda fica mais comprometida, o que também impacta o consumo. O que leva à equação desequilibrada? Há dois motivos, em especial. Um deles é a inflação acelerada e o outro, o mercado de trabalho ainda pressionado pela crise provocada nas empresas pela pandemia, dificultando a negociação de reajustes maiores. 

E a situação tende a continuar. Apesar do alívio que o dólar em queda deve trazer para alguns preços, a inflação segue pressionada pelo aumento da conta de luz e pelos reajustes no setor de serviços, que estavam represados e estão ocorrendo antes do previsto. 


GZH - Coluna Giane Guerra, 23/06/21.




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