segunda-feira, 26 de julho de 2021

Projeto Habitacional para Servidores está parado dependendo de ajustes do Executivo

 

Imagem meramente ilustrativa


A esperança de centenas de Servidores Públicos Municipais de conquistar a tão sonhada casa própria – renovada há alguns anos com a possibilidade de construção de um conjunto habitacional para os Servidores – está definhando com a morosidade do Poder Executivo em formalizar a parte que lhe toca na doação do terreno para este fim.

O Sindicato dos Municipários de São Borja - SIMUSB tem Projeto Habitacional em que, uma vez regularizada a área destinada pelo Município para a construção das moradias, possibilitará a aquisição de cada unidade por valores abaixo dos praticados no mercado, visto que não haverá custos com o terreno e serão buscados incentivos governamentais de subsídio para moradias populares.

Ainda em 2015 a Câmara Municipal de Vereadores aprovou a doação de área do Município ao SIMUSB para loteamento destinado ao Projeto Habitacional para Servidores efetivos que ainda não possuem moradia própria. A área, localiza na Rua Anselmo Campos da Rosa, proximidades da Eddie Freire Nunes, tem quase 15 mil m² e poderá, após projeto final, resultar em aproximadamente 25 lotes para construção de residências ou ainda em alguns prédios de apartamentos.

Após aprovação na Câmara de Vereadores, foi sancionada pelo então Prefeito, Farelo Almeida, a Lei Municipal nº 5109, de 11/01/16. Na ocasião ocorreu a entrega simbólica da área pertencente ao Município ao SIMUSB para execução do Projeto Habitacional.

No entanto, houve equívoco na área contemplada no Projeto. Desde então o SIMUSB aguarda pela correção da documentação – o que já teria ocorrido – e o reenvio do Projeto de Lei à Câmara de Vereadores para poder, dessa forma, dar continuidade aos trâmites para a construção das residências. No início de 2020 o presidente do Sindicato, Alberi Carvalho, esteve reunido com o atual prefeito, Eduardo Bonotto, e posteriormente com o Secretário Municipal de Planejamento, João Pedro Lopes Daitx, para tratar do tema. Na ocasião, o Chefe do Executivo garantiu ao SIMUSB que nos próximos dias o Projeto de Lei com as adequações necessárias seria enviado ao Legislativo para ser submetido novamente aos ritos da Casa.

Em julho de 2020 o Sindicato novamente cobrou uma posição do Executivo quanto aos procedimentos necessários para a adequação da Lei 5109/16 e ouviu do Prefeito Bonotto que não haveria nenhum problema com relação à transferência do terreno ao Sindicato. Apesar da palavra empenhada no ano passado, o Prefeito até agora não tomou as medidas legais para iniciar os trâmites para retificação da Lei, o que desanima os Servidores que estão na expectativa pelo Projeto e que são os maiores interessados na questão.

Para o presidente do SIMUSB, Alberi Carvalho, a demora frustra a expectativa dos Servidores em poderem adquirir o seu imóvel. “Temos um grande déficit habitacional no município, não sendo diferente para os colegas Servidores, em que expressiva parcela ainda sonha com a casa própria e vê no Projeto Habitacional proposto pelo SIMUSB uma possibilidade muito real de enfim adquirir sua moradia em condições mais favoráveis”. Pontua o presidente.

Carvalho destaca ainda que não se trata de um projeto em que o SIMUSB vislumbre qualquer possibilidade de lucro. “O Projeto Habitacional idealizado pelo Sindicato visa tão somente o benefício dos colegas Servidores que ainda não adquiriram a casa própria. Depois de assegurado o terreno o Sindicato vai em busca de construtoras interessadas em apresentarem seus projetos e proposta de valores por unidade, que serão financiados diretamente pelos mutuários. O SIMUSB participará apenas como um facilitador que buscará, em nome da coletividade, as melhores condições possíveis para que o Servidor possa realizar seu sonho”, finaliza.


O Projeto


O Projeto Habitacional terá como público alvo os Servidores Municipais efetivos que ainda não possuem moradia própria. Após o loteamento será definido o projeto arquitetônico, conforme estudos e propostas de empreiteiras interessadas em construir as unidades. Inicialmente foi cogitada a construção de casas, no entanto, para melhor aproveitamento da área disponível o foco voltou-se a construção de um conjunto residencial com prédios de apartamentos já que assim é possível garantir maior quantidade de unidades oferecidas aos Servidores.
 

No momento oportuno, assembleias serão convocadas e reuniões realizadas para debater o Projeto e conduzir todo o processo com a maior transparência possível, assim como serão claros os critérios de elegibilidade aos Servidores que candidatarem-se às moradias.

A ideia é que o financiamento habitacional esteja inserido nos critérios estabelecidos pelo Programa Minha Casa Minha Vida, em condições que variam de acordo com a faixa de renda do Servidor.