segunda-feira, 13 de julho de 2015

Presidente do SIMUSB no "Gente é Notícia" desta segunda

Na manhã desta segunda-feira, 13/07, o presidente do Sindicato dos Municipários de São Borja - SIMUSB, esteve na Rádio Cultura AM, falando ao programa Gente é Notícia sobre a situação de crise enfrentada pelos Poderes Executivos no país, especialmente no Município.
Presidente Jorge Souza (à direita) Foto: Arquivo

Segundo Souza, a crise é geral e assola todo o país. No entanto, é preciso enfrentá-la com medidas mais austeras para que seus efeitos sejam sentidos minimamente pela sociedade. Citou a redução da jornada de trabalho na Prefeitura, que atualmente está fixada entre 7h30min e 13h30min, como um ponto questionável, já que há setores que deveriam estar produzindo justamente para aplacar a falta de recursos, como as fiscalizações.

O presidente lembrou do número de cargos em comissão (CCs) que, mesmo na crise, não diminuem de acordo com as necessidades de contingenciamento de gastos. Ao invés do Executivo promover um equacionamento dos cargos conforme as reais necessidades da máquina pública, o que tem se verificado é apenas um remanejo de servidores entre Secretarias, o que não traz resultados efetivos para contenção de despesas.

Outro ponto levantado por Jorge Souza foi a falta de cobrança e fiscalização do eleitorado sobre o Executivo e o Legislativo. Segundo ele há pouca participação da sociedade e isso favorece os atos que não vão ao encontro das reais necessidades da população.

Apesar de ser uma cidade pequena, com dificuldades orçamentárias e população de pouco mais de 60 mil habitantes, há um descompasso entre o porte do Município com os valores que são pagos ao Prefeito como subsídio mensal. Jorge Souza informou que atualmente o salário do Chefe do Executivo local percebe mais de R$ 20 mil mensais, com seu Vice ganhando outros R$ 14.914,27. Cada Secretário já tem subsídio alcançando quase R$ 8 mil (7.966,71).

A título de exemplo, Jorge citou o vencimento do prefeito da cidade de São Paulo, que governa para mais de 12 milhões de habitantes e tem subsídio fixado em aproximadamente R$ 14 mil. Estas incoerências, segundo o presidente, precisam ser revistas e adequadas à realidade financeira de um Município com poucas riquezas, localizado na fronteira-oeste do Rio Grande do Sul, região historicamente atrasada em aspectos econômicos.

No tocante aos servidores efetivos, contrastando com a situação confortável que vivem Prefeito, Vice-prefeito e quadro de CCs, há ainda centenas de servidores com vencimentos básicos abaixo do salário mínimo, cuja situação esbarra sempre no mesmo pretexto para ser resolvida: a falta de recursos da Prefeitura.

O abono salarial dos aposentados, compromisso de campanha do Prefeito Farelo, até hoje ainda não saiu do campo das promessas, com o mandato do Prefeito já se encaminhando para o final. Segundo Jorge Souza, a crise é inegável, mas com a atual política de contenção de gastos e austeridade financeira verificada no Palácio João Goulart, não há muito o que se esperar para mudança deste quadro em âmbito municipal.





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