segunda-feira, 6 de abril de 2020

SIMUSB manifesta decepção com atual Administração Municipal



No programa de rádio “A Voz do Servidor” que foi levado ao ar no último sábado, 04/04, o presidente do SIMUSB, Alberi Carvalho, manifestou-se sobre o que considera um tratamento ao funcionalismo aquém da expectativa que se tinha com a atual Administração.

A esperança da construção de uma realidade melhor aos Servidores foi alimentada, em grande parte, pela fala do próprio prefeito, Eduardo Bonotto, quando ainda era um postulante ao cargo mais importante do Poder Executivo. Ainda em campanha, o então candidato Bonotto foi convidado a participar do mesmo programa de rádio para responder sobre questões de interesse geral dos municipários, especialmente sobre alternativas de valorização e melhorias no plano de carreira do quadro geral, com consequente reflexo positivo na estrutura remuneratória do funcionalismo, por exemplo.

Na ocasião o candidato mostrou-se aberto ao diálogo e afirmou interesse em elaborar, junto com o Sindicato, medidas para corrigir situações e melhorar a vida funcional daqueles que fazem girar diariamente a máquina pública.

Eleito prefeito em 2016, assumindo a Prefeitura em 2017, Bonotto já está no último ano do atual mandato e até então vem sendo uma decepção para o Sindicato e Servidores, razão que obriga o SIMUSB a subir o tom nas cobranças e fazer eco aos anseios da categoria a qual representa.

O plano de carreira do quadro geral, ponto nevrálgico para a solução de várias demandas, até hoje não teve qualquer sinalização por parte do governo municipal para debater e chegar a um denominador comum quanto a sua reforma. Em movimento contrário às expectativas de bem-estar do funcionalismo, houve a interrupção do pagamento de vale-alimentação nas férias, o que não foi bem digerido por muitos dos Servidores e são queixas constantes ao Sindicato. Além disso, as reposições salariais ano a ano vêm sendo concedidas com base no menor índice de correção possível, geralmente parceladas.

Recentemente, em Decreto (18.393 de 19/03/20) que determinava providências para a prevenção ao contágio do COVID-19, o primeiro item a ser citado (art. 1º) foi o que previa suspensão de pagamentos de gratificações aos Servidores (horas extras, dedicação exclusiva, convocação especial).

Entende-se o momento delicado por que passa o país inteiro com a pandemia de coronavírus, com reflexos imediatos no Município. Mas por que só os Servidores são lembrados na hora de cortes e restrições? Até o momento não houve nenhuma determinação do prefeito para cortes em seu quadro de Cargos em Comissão - CCs ou mesmo em sua própria remuneração e de seu vice, sabidamente o grupo com os mais polpudos subsídios do Palácio João Goulart.

Nas reuniões onde foram discutidas e traçadas as estratégias de enfrentamento à pandemia em São Borja, aqueles que estão na linha de frente trabalhando para frear o contágio ficaram sem representação, pois em nenhum momento o Sindicato foi lembrado para representar os Servidores Públicos Municipais.

Têm chegado ao Sindicato queixas de falta de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, não só para os Servidores da Saúde – e que carecem de atenção especial nesse momento – como também para Servidores de outros setores.

Não é, portanto, por qualquer tipo de vaidade que o Sindicato exige participar das deliberações, mas sim para o integral cumprimento de suas funções estatutárias e exercício legítimo da representação da categoria.

Até a questão da doação do terreno para o Projeto Habitacional dos Servidores, cujo projeto de lei foi aprovado em 2015 pela Câmara de Vereadores e que necessita pequenos ajustes na descrição da matrícula junto ao Cartório de Imóveis, encontrou obstáculos na semana passada.

Foi compromisso do prefeito junto ao Sindicato enviar o texto adequado para a Câmara de Vereadores há mais de um mês. Na ocasião o prometido foi para a semana seguinte, mas até então o que ocorreu foi um comunicado de parecer contrário à doação devido ao ano eleitoral. Ocorre que a doação fora feita em 2016, através da promulgação da Lei aprovada na Câmara de Vereadores e o que se quer agora é correção de detalhes técnicos da área doada.

Conforme Alberi Carvalho, o Dico, há urgência por resultados práticos uma vez que os problemas são conhecidos por todos há muito tempo: “O prefeito fala em diálogo, em estudar as questões, mas estamos dialogando desde antes dele ser eleito. Durante seu mandato passaram três diretorias pelo SIMUSB e nada prosperou. Precisamos fazer mudanças na prática e é para isso que a atual diretoria está trabalhando, então exigimos um posicionamento mais sólido da atual administração”, asseverou Dico no programa de rádio.

O programa “A Voz do Servidor” vai ao ar todos os sábados, das 13h às 14h, pela Rádio Cultura AM e conta com grande audiência dos Servidores e da comunidade em geral.

Desde já os microfones ficam à disposição do prefeito para contraponto.




Um comentário:

  1. Excelente matéria! É importante que esse texto, essa realidade, seja conhecida de todos os servidores. Quem sabe fazer um tipo de boletim, algo simples, barato e passar a todos os servidores. Digo: encaminhar, entregar.

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