terça-feira, 26 de julho de 2016

Prevendo prejuízos, prefeituras gaúchas entram na justiça contra Receita Federal

Medida que determinou suspensão de recursos pode lesar cofres públicos em R$ 40 milhões

Quase 30 prefeituras no Rio Grande do Sul vão ingressar, nesta terça-feira, com mandados de segurança contra a Receita Federal após o órgão determinar a suspensão do repasse de recursos do Imposto de Renda de funcionários e terceirizados aos municípios. A assessora técnica da Área de Receitas Municipais da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), Cinara Ritter, afirmou que a medida é inconstitucional e pode causar prejuízo de R$ 40 milhões nos cofres públicos somente em 2016.
Anteriormente, o Imposto de Renda retido da folha de pagamento de servidores e terceirizados das prefeituras, era transferido para a receita municipal. Porém, em dezembro do ano passado, a Receita Federal, através de uma Instrução Normativa, determinou que as prefeituras destinassem o IR da folha de pagamento de terceirizados para a União.
“Isso foi alterado por uma Instrução Normativa que fere a Constituição Federal, em seu artigo 158, que diz que o Imposto de Renda retido na fonte é receita municipal. Então, não foi mudado por lei ou por emenda constitucional. Para o Estado, fizemos uma estimativa para 2016 de que serão R$ 40 milhões que sairão dos cofres municipais para a União. Fizemos um trabalho na Famurs, junto com um grupo de procuradores municipais, informando e orientando os municípios para que acionem judicialmente a Receita Federal”, explicou Cinara Ritter.
Algumas prefeituras, como Porto Alegre, já entraram com esse mandado de segurança revendo a questão e obtendo uma resposta positiva do judiciário para reverter a decisão da instrução normativa. De acordo com a Famurs, outras capitais brasileiras, como Belo Horizonte, Cuiabá e Salvador, também conquistaram liminar judicial. 

Com informações do Correio do Povo


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