sábado, 15 de agosto de 2015

Governo pode adotar novas medidas para reduzir contas de luz, diz ministro


Preço da energia está 'iniciando ciclo com viés de baixa', segundo Braga. Nesta quinta, Aneel propôs redução de 18% em tarifa da bandeira vermelha.


O Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, em visita à sede de Furnas, em Botafogo, Zona Sul do Rio, nesta sexta-feira (14), declarou que em outubro ou novembro o governo pode tomar novas medidas para continuar reduzindo o preço da conta de luz no país, e que "estamos iniciando um novo ciclo, e com viés de baixa da nossa tarifa".
Ministro Eduardo Braga na Subestação do Parque Olímpico na Barra da Tijuca-RJ (Foto: José Lins / Divulgação Furnas)


Na quinta-feira (13), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs que a tarifa adicional da bandeira vermelha tenha uma redução de 18%, a partir de setembro, e que passe de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kilowatts / hora (kWh). Eduardo Braga esteve no Rio de Janeiro para visitar a Subestação Olímpica que fica dentro do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

“Nós acreditamos que, ao contrário dos pessimistas, que estamos iniciando um novo ciclo, e com viés de baixa da nossa tarifa, por algumas razões. Primeira porque está entrando energia nova e mais barata. Tendo mais energias eólicas e térmicas e hidráulicas com custo diferenciado daquele que nós estávamos usando. Em outubro e novembro deverá ter novas medidas a serem adotadas no viés para continuarmos baixando [a tarifa de conta de luz]”, afirmou.

O ministro informou que essa redução é possível com o desligamento de usinas cujo custo variável unitário (CVU) da energia estavam acima de R$ 600. E acrescentou que o objetivo agora é desligar as máquinas que estão com o CVU acima de R$ 400. “Mas vamos fazer de forma segura, conservadora, degrau por degrau”.

De acordo com Braga, em 2015, havia a previsão de entrada de novos 6.400 megawatts, e até agosto, já entraram mais de 3 mil no sistema. “Isso está nos ajudando. Além de que estamos entrando num período de safra da biomassa, e estamos num período do vento, então, nossas eólicas estão produzindo bastante, portanto, não há necessidade de onerar o consumidor”, completou.

Novas medidas a partir de outubro


Eduardo Braga declarou ainda que a entrada da usina hidrelétrica de Teles Pires, no Mato Grosso, que tem custo variável unitário menor segundo o ministro, deverá implicar em novos desligamentos de térmicas. “Por isso, estamos trabalhando com horizontes e metas de biênios”.

“As novas máquinas de Jirau e Santo Antônio [ambas em Porto Velho, Rondônia] também estão entrando. Tudo isso está planejado e organizado em cima de uma estruturação de uma nova energia. Nós acreditamos que chegaremos ao final do ano com uma análise do quadro que, confirmado o que estamos projetando, deverá representar a continuidade desse viés de baixa”, ressaltou.

Período úmido

Eduardo Braga não descartou, no entanto, que a tarifa de energia possa voltar a subir caso no período úmido, que começa em dezembro, não chova. Ele acrescentou, contudo, que não crê que isso seja necessário devido ao início do escoamento das máquinas de Teles Pires, no Mato Grosso, em outubro e novembro, quando “devemos estar com a linha até a subestação de Riozinho pronta”.

“Período úmido, dependeremos de como irá se comportar [o clima]. Nós temos alguns estudos que mostram algumas tendências, mas é probabilidade, não dá para fazer previsão de tempo. Temos que analisar a partir daí que teremos em relação ao clima”, afirmou.
De acordo com ele, a partir de dezembro, começam a entrar as primeiras unidades da usina de Belo Monte, ao norte do Pará.

“Estive em Belo Monte, acompanhando de perto as obras, e estou bastante confiante que estarmos com sítio experimental pronto em dezembro, muito provavelmente entrando suas maquinas a partir de janeiro. São 233 megawattas adicionais que teremos de energia hidráulica”, afirmou.

G1



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