Mais uma vez as entidades de classe
que representam importantes segmentos de TRABALHADORES que atuam no setor
público se mobilizam para rechaçar opiniões levianas e posicionamentos
infundados. Desta vez, vindos de um órgão de imprensa, setor fundamental para a
democracia quando alinhado ao dever sagrado de primar unicamente pela verdade.
O Sindicato dos Municipários de São
Borja – SIMUSB, entidade legítima de representação dos Servidores Públicos
Municipais, não poderia se calar diante de tão rasteiro ataque e se soma às
outras dezenas de entidades que repudiam a opinião da Folha de São Borja deste
sábado, 20/03, estampada em sua página 2, coluna “Gente e Política”, e
amplamente difundida em redes sociais desde então.
Afirma o editor, sem qualquer
constrangimento, que “a maioria das pessoas que apoiam o fechamento do comércio
são funcionários públicos”, sem citar a fonte deste levantamento ou quais foram
os dados que embasaram tal afirmativa, ao que nos resta concluir que a “opinião”
do jornal reflete o achismo descabido, inoportuno e eivado de um preconceito
que felizmente já habita em poucas mentes emboloradas.
Continua o redator em seu raciocínio(!)
afirmando que “para se fazer justiça – e economia -, os salários desses
funcionários públicos que estão sem trabalhar deveriam ser cortados”. Mais uma
vez a desinformação sobre a atual realidade dos serviços públicos é algo
embaraçoso para quem enfrenta as agruras diárias pelas quais passam os trabalhadores
a serviço da população.
Citando apenas os serviços públicos
municipais, NENHUM Servidor está apenas em casa, esperando o salário cair na
conta ao final do mês sem prestar seu quinhão de sacrifício e empenho. Mesmo em
home office, modelo de trabalho imposto pela pandemia que assola o país há mais
de um ano, as obrigações profissionais continuam sendo cumpridas pelos poucos
profissionais cujas atribuições podem ser cumpridas nesse formato.
A maioria segue correndo riscos ao se
submeter diariamente às exposições que oferecem perigo a qualquer um, seja ele
trabalhador do comércio, da indústria, de bares, de restaurantes, estudante
ou... Servidor Público!
Outra decepção – esta já costumeira – parte justamente
de quem deveria ser um líder em um momento trágico para toda a coletividade: o
prefeito municipal. Deveria ser o primeiro a defender seus subordinados,
conhecedor que é da realidade do funcionalismo. Ao invés disso, prefere fazer
média com o empresariado local e manter-se totalmente leniente aos ataques aos
Servidores. Prefere o conforto dos discursos que agradam aos grandes a se
posicionar como um Chefe de Poder, ignorando - deliberadamente ou não - que os
Servidores Públicos são o próprio Poder, alcançando diariamente a toda uma população
os serviços que lhe são devidos, sob o comando maior do próprio prefeito.
Os Servidores Públicos Municipais,
com baixos salários e ainda vendo sonegado o direito constitucional de reposição
inflacionária anual, seguem no seu labor, na linha de frente de combate à
pandemia ou em seu apoio. Outros ainda enfrentam uma luta diária para permanecerem
incólumes na consecução dos mais variados serviços prestados à sociedade.
Afinal, as vias públicas precisam se manterem iluminadas; as calçadas, praças e
banheiros públicos precisam se manterem limpos; os veículos do município
precisam continuar funcionando; os alunos da rede pública precisam receber
materiais, mesmo sem aulas presenciais; a fiscalização, em diversas áreas, segue
em atividade; as rotinas administrativas continuam; assim como uma infinidade
de outros setores igualmente importantes que não cessaram atividades “apenas
porque um vírus mortal está circulando na cidade”.
Causa ainda maior indignação quando
se vê deturpado o papel da imprensa, que deve ser eminentemente informativo e
sério, dado seu dever social de instruir, elucidar, fomentar a imparcialidade e
unir comunidades. Um veículo de comunicação que joga trabalhadores uns contra
os outros, insinuando privilégios de alguns setores em detrimento de outros,
fazendo ilações maliciosas que levam à desinformação e que sugerem ao senso
comum o esfarrapado estereótipo do Servidor Público que não trabalha, merece TOTAL REPÚDIO, razão da publicação
desta nota.
Esperamos ainda pela justa e devida
retratação da Folha de São Borja pelo que preferimos chamar, inicialmente, de
equívoco, embora seu potencial destrutivo e ofensivo a TODOS os Servidores
Públicos.
Sindicato dos Municipários de São Borja - SIMUSB
Lamentável a desinformação dos dirigentes desse jornal.
ResponderExcluirPrabéns pela nota. Como professor, servidor público federal me senti ofendido moralmente com a referida matéria no jornal. Trabalho tres periodos do dia e respondo duvidas de alunos aos finais de semana pelo whats. Pergunto ao Sr Andres, quem não está trabalhando? Onde está a fonte de sua pesquisa que comprove que os servidores sao a maioria daqueles que apoiam o fechamento do comércio?
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