Estamos em um
momento muito complicado, como é sabido por todos dada a realidade da pandemia
de Covid-19 que vivemos já há um ano, agravada perigosamente nos últimos dias. As
precauções e preocupações que ensejaram a suspensão das aulas presenciais no
ano passado são agora ainda maiores, visto que estamos ainda mais próximos de
um colapso geral na estrutura de atendimento em saúde não só em São Borja, mas
em todo o Rio Grande do Sul.
Segundo o
mapa vigente do distanciamento controlado elaborado pelo governo do estado já
são 11 regiões classificadas em “bandeira preta”, o que significa risco
altíssimo de contaminação. Nas palavras do governador, Eduardo Leite, o quadro
atual no Rio Grande do Sul é “gravíssimo” e “sem precedentes”.
Ao mesmo
tempo, não se vislumbra um cenário de imunização que garanta segurança sanitária
a curto/médio prazo para a comunidade escolar, aí incluídos professores, alunos
e demais servidores envolvidos no labor educacional. Entre os atrasos e
incoerências governamentais nas estratégias de vacinação, está o pouco caso com
que são tratados os professores. Conforme o Plano Nacional de Operacionalização
da Vacina, do Ministério da Saúde, esses profissionais estão apenas na 17ª
posição de preferência para a imunização. Ou seja, vários outros grupos estão
na frente no rol de prioridades do governo federal. Como tratar então a volta
às aulas como algo normal e imprescindível neste momento? São milhares de vidas envolvidas nesse
processo.
Compreendemos
a importância da retomada das aulas presenciais e dos prejuízos trazidos à
aprendizagem no período de afastamento dos alunos da sala de aula. Queremos a
retomada das aulas e do ensino regular! No entanto, com o significativo aumento
de casos de contaminação por coronavírus registrados nos últimos dias em São
Borja, o momento exige reavaliação dos riscos inerentes ao retorno às aulas
presenciais e da segurança de alunos, professores, servidores e todos os seus
familiares, comunicantes naturais deste grupo.
O Sindicato
dos Municipários de São Borja – SIMUSB reafirma sua posição de considerar a
vida o bem maior e o que deve estar sempre em primeiro lugar. Todos os cuidados
e precauções devem continuar recebendo atenção redobrada enquanto perdurar o
caos gerado pela pandemia e não houver um plano de imunização em massa para a
comunidade escolar.
Neste momento,
nossa avaliação é de que não existem as mínimas condições de segurança para a
volta às aulas de forma presencial.
Sindicato dos Municipários de São Borja - SIMUSB
Concordo plenamente com as colocações do SIMUSB. As escolas ainda não estão estruturadas adequadamente para o retorno as aulas presenciais. Mesmo sabendo da dedicação das equipes diretivas para adequarem os espaços falta itens indispensáveis
ResponderExcluir