Uma reiterada reivindicação dos Servidores e cuja expectativa era de breve resolução por parte do Poder Executivo está mais longe de ser atendida, apesar da palavra empenhada por membros da Administração Municipal de que tudo já estava encaminhado.
Trata-se das diferenças das promoções dos Servidores, em que não foi considerado o tempo decorrido entre a aquisição do direito e o ato legal promovendo o Servidor, com respectivo acréscimo em seus vencimentos. O tema já foi abordado mais detalhadamente aqui no Blog.
Na manhã da última segunda-feira, 20/04, o SIMUSB, através de seu presidente, Alberi Carvalho – Dico, foi até a Prefeitura para buscar informações a respeito das promoções e se as diferenças estavam sendo incluídas na folha de pagamento de cada Servidor. Antes disso, há alguns dias, o vice-prefeito, Roque Feltrin, e o secretário de administração, Plínio Klein, haviam afirmado que os cálculos seriam feitos e os valores correspondentes pagos em folha suplementar.
Com essas informações parecia algo próximo de ser resolvido, o que também gerou grandes expectativas nos Servidores para receber as diferenças que são importantes a qualquer tempo, muito mais ainda no momento em que o Município vive em razão da pandemia Covid-19.
Ocorre que o Sindicato tomou conhecimento que, apesar de toda palavra empenhada, o prefeito sequer encaminhou ainda as Portarias para os setores competentes, o que impede qualquer cálculo, muito menos a autorização para o feitio das folhas.
O SIMUSB, através de toda sua diretoria, se sente ultrajado e menosprezado pela atual administração e a relação de confiança que havia na palavra de homens públicos que carregam grandes responsabilidades à frente do Município resta gravemente arranhada.
Em palavras mais diretas, a entidade está sendo feita de boba, assim como todos os Servidores que têm direitos ainda não cumpridos pelo Palácio João Goulart e cujas expectativas e confiança começam se esfarelar.
Infelizmente para todos os Municipários, essa prática de desvalorização e pouco caso com o corpo funcional que move a Prefeitura já tem se tornado costumeira e relegar os Servidores a segundo plano já é uma marca que estampa a administração Bonotto/Feltrin. Assim tem sido com tantos outros temas afetos ao funcionalismo. Os adicionais de insalubridade, cujos laudos jazem empoeirados nas gavetas, até agora são apenas uma promessa muito remota, apesar de serem um direito inconteste dos Servidores submetidos aos agentes que ensejam o adicional.
Recentemente foi editado o Decreto nº 18.393 de 19/03/20 que determinava providências para a prevenção ao contágio do COVID-19. Já no artigo 1º o funcionalismo era contemplado, mas com a previsão de suspensão de pagamentos de vantagens como horas extras, dedicação exclusiva, convocação especial, etc.
Os reajustes de vencimentos, previstos em lei para concessão a cada ano, têm ocorrido com índices pífios de correção, ainda concedidos parceladamente. Some-se a isso a enorme defasagem de salários e o achatamento causado por um plano de carreira comprovadamente deficiente e chega-se a um cenário nada animador para os Servidores. Algumas promoções também já começam a ter datas expiradas para acontecerem.
A administração brinca com temas sérios ao fazer Sindicato e Servidores acreditarem e terem esperanças de que terão seus anseios atendidos e no final das contas acumulam-se novas decepções. O SIMUSB não pode e não vai aceitar situações desse tipo, seus filiados clamam por ações práticas do Executivo, até agora totalmente em desacordo com as promessas de campanha de sua atual administração, cuja bandeira no tocante ao funcionalismo era de valorização. Esse quadro de promessas não cumpridas já foi tema de manifestação do SIMUSB no programa de rádio "A Voz do Servidor" no início do mês.
O Sindicato adotará postura mais rígida a partir de agora, até mesmo como dever de ofício na representação do quadro expressivo de trabalhadores a serviço de uma administração que quer apresentar resultados à comunidade, mas desconsidera que antes dos resultados há uma enorme engrenagem cuja mão de obra do funcionalismo é imprescindível para alcançar qualquer produto final.